Olá, Querida Mamãe.
Hoje, vamos falar sobre um tema que pode ser assustador, mas é mais comum do que parece: o terror noturno. Conhecer essa condição e entender como lidar com ela pode ajudar você a enfrentar os episódios com mais tranquilidade e a proporcionar um ambiente mais seguro para seu filho. Acompanhe os pontos a seguir para saber mais.
1. Conceito de Terror Noturno
O terror noturno é uma parassonia, ou seja, um evento incomum que ocorre durante o sono. Manifesta-se quando a criança chora, grita e demonstra sinais de medo ou pânico, sem realmente despertar. Apesar de parecer perturbador para os pais, a criança não tem consciência do que está acontecendo e, na maioria das vezes, não se lembra do episódio na manhã seguinte. É mais frequente em crianças entre 9 meses e 12 anos e tende a ser autolimitado.
2. Causas e Sintomas do Terror Noturno
A causa exata do terror noturno não é totalmente compreendida, mas acredita-se que esteja associada ao desenvolvimento cerebral e a fatores como:
- Privação de sono e higiene do sono inadequada
- Genética (histórico familiar de distúrbios do sono)
- Fatores ambientais, como estresse ou mudanças na rotina
Durante um episódio, é comum observar comportamentos como:
- Gritos e choro incontroláveis
- Movimentos abruptos e musculatura enrijecida
- Respiração rápida, sudorese e pupilas dilatadas
- Fala desconexa e olhar fixo ou confuso
A criança não responde a estímulos externos e, após alguns minutos, volta a dormir tranquilamente.
3. Terror Noturno x Pesadelo
Muitas mães se perguntam se a criança está tendo um pesadelo ou um terror noturno. A principal diferença está na reação da criança:
- Pesadelos: A criança acorda assustada, busca conforto e geralmente lembra do que sonhou.
- Terror noturno: A criança não acorda, não responde e não se recorda do episódio ao amanhecer. As crises podem durar de 30 segundos a 5 minutos, sendo um momento desafiador, especialmente para os pais que assistem.
4. Diagnosticando o Terror Noturno
O diagnóstico do terror noturno é clínico, baseado na descrição dos episódios e nos padrões de sono da criança. Consultar um pediatra ou um especialista em sono é importante para descartar outras condições e confirmar a presença dessa parassonia. Em casos raros, estudos do sono podem ser indicados.
5. Prevenindo e Tratando o Terror Noturno
Embora o terror noturno geralmente não necessite de tratamento específico, há medidas que ajudam a reduzir a frequência dos episódios:
- Higiene do sono: Garanta que a criança tenha uma rotina de sono regular, com horários consistentes e um ambiente tranquilo para dormir.
- Despertar programado: Se os episódios ocorrem no mesmo horário todas as noites, acordar a criança suavemente antes desse momento pode interromper o ciclo e prevenir a crise.
- Atividades relaxantes: Práticas leves, como a leitura e a música suave antes de dormir, ajudam a criar uma transição tranquila para o sono.
- Redução de estresse: Identificar e minimizar fatores que possam estar causando estresse na vida da criança.
Se os episódios forem muito frequentes ou impactarem o bem-estar familiar, buscar apoio profissional pode ser necessário. Em alguns casos, medicamentos de baixa dosagem podem ser prescritos para estabilizar o sono da criança.
Lembre-se: Embora o terror noturno possa ser um momento difícil, não representa risco para a criança e tende a desaparecer com o tempo. O suporte e a compreensão dos pais são fundamentais para lidar com essa fase de forma positiva e segura.
Espero que estas informações ajudem a trazer mais tranquilidade para você e sua família.